As duas apostas na bolsa de uma das gestoras mais respeitadas do País 17/10/2017

O programa “Fundamente-se” desta terça-feira (18) convidou Fernando Fanchin, sócio da Teorema Gestão, uma das mais respeitadas casas de investimentos em ações do País, para comentar sobre investimentos em bolsa.

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Na conversa, Fanchin, que trabalha ao lado de Guilherme Affonso Ferreira, um dos nomes mais respeitados do mercado financeiro, que tem histórias marcantes de sucesso com investimentos – principalmente com as ações ordinárias do&nbsp;Unibanco –&nbsp; disse como funciona a estratégia de investimento da gestora, que tem na sua raiz um papel ativista nas empresas, mas que hoje há uma&nbsp;divisão&nbsp;maior nesse sentido. “Embora esse valor ainda esteja presente na estratégia da gestora, hoje há uma segregação das decisões de investimentos e ativismo, que atualmente fica somente com Ferreira, que&nbsp;ainda&nbsp;tem participação nos conselhos de algumas empresas”, explica.</p>

<p>Ele diz que a&nbsp;escolha dos ativos&nbsp;na gestora passa, principalmente, por três critérios: retorno sobre capital investido acima da média; crescimento de lucro por ação no tempo; e empresas não muito endividadas. Ele comenta, no entanto, que isso não quer dizer que no caso a caso possam passar por cima de alguma dessas exigências, dado o universo ainda pequeno de investimentos no Brasil.</p>

<p>Entre as ações que estão no radar da gestora, ele cita duas. São elas:</p>

<p><strong>1) Energisa</strong>:&nbsp;uma&nbsp;holding de distribuidoras de energia elétrica, uma das empresas mais antigas listadas&nbsp;em bolsa no País,&nbsp;controlada pela família&nbsp;Botelho e que fez um “follow on” ano passado, dando mais liquidez aos seus papéis, operação que foi trigger para o início do investimento na companhia. Além disso, ele cita o fato da empresa ter um controlador competente, confiável, ter um negócio&nbsp;com previsibilidade de geração de caixa e retorno sobre capital investido. “Hoje, é uma das nossas&nbsp;maiores posições e achamos ainda um papel atrativo em um horizonte de uns três anos”, comentou.</p>

<strong>2) Fras-Le</strong>: Fanchin comentou que já viam que a parte qualitativa da empresa era boa, mas começaram a ficar interessados no case após um aumento de capital no ano passado,&nbsp;que também contribuiu para o aumento de liquidez nos papéis. Ele cita como positivo o fato de a empresa ter duas camadas de defesa: ela venda para reposição,&nbsp;não equimento original; e depende de&nbsp;outras geografias: metade do negócio fora e metade dentro do País. Ele comentou que a ação já teve uma reprecificação na bolsa, mas ainda vê como atrativa,&nbsp;apontando que o dinheiro do aumento de capital ainda será usado em aquisições,&nbsp;não somente no Brasil mas também fora, como Europa e Estados Unidos. “Sabemos que aquisições sempre representam riscos, mas achamos que ele estão sendo diligentes o suficiente para fazerem uma aquisição bem feita”,&nbsp;complementou.